Após um período de três meses sem escrever para este blog, informo-lhes, com profundo desgosto que a situação no blog J continua sua tendência esquerdista, em termos práticos, contra o desenvolvimento da capacidade intelectual. O primeiro exemplo que cito é a falta de interesse de alunos e corpo docente no que tange à participação de eventos econômicos. Na semana passada, sexta-feira, dia 16 de maio, foi realizado o XXXI Encontro de Ciências Econômicas do RS,nas dependências da Unilasalle Canoas. A divulgação na UCS ficou longe das salas de aula, sendo restrita a dois ou três cartazes escondidos entre anúncios de aluguéis de apartamentos e de calculadoras HP12C. No DA de Ciências Econômicas, nem pensar. Imagina impulsionar o pensamento crítico e o conhecimento da situação? É praticamente uma blasfêmia. Enquanto isso, todas as outras Universidades participaram em peso, através do financiamento de transporte e créditos como horas complementares, inclusive, no lugar de fazer cadeiras eletivas de dúbia utilidade.
Como forma de homenagem ao 60.° do Estado de Israel, utilizo-me de um dos pensamentos do Talmude: “A coisa principal na vida não é o conhecimento, mas o uso que dele se faz”, para ilustrar o que se passa dentro de meu centro acadêmico. Entrei em contato com 10 professores (mestres e doutores), solicitando contribuição textual para meu blog, afinal, eles têm missão de qualificar o ambiente acadêmico do qual fazem parte, mediante a proposição de discussões multifacetadas sobre a Economia, seja na UCS ou em qualquer outro lugar. Recebi retorno de UM dos profissionais, e como não poderia ser surpresa, foi de um representante do pensamento liberal, pós-doutor Antony Muller, escritor do site http://www.mises.org.br/, quem não tem medo de contribuir para a conscientização da sociedade.
Acompanho semanalmente os estudantes que estão no período final da faculdade – monografia I e II – e constato a existência de trabalhos deveras interessantes, explicativos no limite de páginas permitido (completo absurdo!), serem totalmente esquecidos após terem cumprido sua função frente à banca. Ao invés de dar alimento às traças (pelo vil papel), há opção de se criar uma biblioteca virtual do que é publicado, com acesso grátis aos estudantes de toda Universidade. Para isso, seria necessário somente um computador. Possível? Sim. Desejado pela coordenação atual do curso? Duvido muito, pois não há vontade e nem interesse dos que são remunerados para administrar nossa graduação. Por esse desprezo da cúpula “sábia”, vimos estudantes chegarem ao final do curso sem conseguir escrever dez linhas com estrutura gramatical e lógica. Enquanto isso, pelos corredores, ouvem-se reclamações sobre Lula, política econômica e carga tributária. Por acaso, será que: Quem cala, não consente? Lembrem-se do pensamento supracitado.
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