sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Voltamos Com Uma Pergunta: A UCS é Pluralista?

Nota - Ficamos um tempo sem atualizar a página, mas mantivemos uma média constante de visitas. O blog, enfim, volta das férias para novas atualizações. Esperamos contar com sua leitura.

Pluralismo. Eis ai uma palavra que esta na boca da esquerda. Entenda-se pluralismo como jamais ultrapassar os conceitos definidos pela esquerda. Todo o debate dentro de uma redoma calculada. Eis a democracia deles.

Esta se chamando a UCS de Comunista? Não, não é para tanto. Mas “pluralista”, como diriam os “cumpanheros” ela não é. Um bom indicativo é Biblioteca da Universidade. Mesmo limitada em seus recursos, pode-se tirar uma base do que se apresenta no resto da UCS. Existe uma clara soberania do pensamento esquerdista no acervo da Biblioteca. Para constatar o fato é muito simples. Compara-se o número de referências de autores e livros da ideologia deles com o número de autores e livros da nossa ideologia. A diferença é gritante. Seguem algumas comparações. O autor, ou livro esquerdista, sempre estará em negrito.

Adam Smith: 19 referências
Karl Marx: 117 referências

Olavo de Carvalho: 3 referências
Antônio Gramsci: 17 referências

Friedrich Hayek: 10 referências
Lênin: 33 referências

Aristóteles: 120 referências
Paulo Freire: 218 referências

Milton Friedman: 6 referências
Emir Sader: 26 referências

"O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano": 0 exemplares
"As veias abertas da América Latina": 10 exemplares

Paulo Ferreira da Cunha: 0 referências
Boaventura Sousa Santos: 22 referências

José Guilherme Merquior: 19 referências
Michel Foucault: 93 referências

Roberto Campos: 22 referências
Celso Furtado: 102 referências

Paul Johnson: 7 referências
Eric Hobsbawm: 44 referências

George Orwell*: 34 referências
Bertolt Brecht: 13 referências

Raymond Aron: 44 referências
Florestan Fernandes: 89 referências

Julián Marías: 20 referências
Marilena Chauí: 43 referências

* É bom deixar claro que Orwell não era capitalista ou direitista. Tratava-se apenas de um social-democrata ou socialista moderado. Consta na lista para fazer ponto contrário a Bertolt Brecht, stalinista de carteirinha.

10 comentários:

Anônimo disse...

Pergunta respondida pela própria explanação. E agora? Sim, sabemos que a maioria dos docentes na área das ciências humanas têm tendências esquerdistas. E que a eles cabe indicar à biblioteca títulos quando ela renova ou atualiza seu acervo. Então ou achamos uma agulha no palheiro e conjuramos alguns exemplares, ou teremos que fazer nossas vozes ecoar tão alto nos corredores desta universidade a ponto de reestabelecer a pluralidade.Creio na segunda opção. E com um pouco de sangue.

Unknown disse...

A explicação para isso é bem simples.

Suas referências teóricas são muito ruins que não são citadas em livros que mereçam estar em uma biblioteca.

O mais interessante disso tudo é que um dos maiores cursos da UCS é administração de empresas (que seria capitalista por natureza?), entretanto mesmo assim as suas referências de "direita" são menores.

Ainda mais, não dá para comparar Aristóteles com Paulo Freira (você só pode não ter lido nenhum dos dois) e Galeano com aquele cara que ninguém sabe o nome (só existia uma única pessoa na terra que indicava esse livro que era o "contraponto" do Galeano - a Denise Kempf - que baba ódio e tem pouca formação intelectual)

Finalizando o que você realmente provou?

Anônimo disse...

Diz Masotti:

"Suas referências teóricas são muito ruins que não são citadas em livros que mereçam estar em uma biblioteca."

Quod Erat Demonstrandum. A ausência dos livros da biblioteca, e o desconhecimento de que alguns autores existam é "prova" de que são livros de qualidade inferior.

Leonardo Faccioni disse...

É uma pena que de erros da ciência social não surjam indicações instantâneas. Se as minhocas na cabeça de "amasotti" dedicassem-se à engenharia, por exemplo, com a competência que reservam à sociologia, um gracioso tijolo já teria caído do teto por sobre seu crânio oco.

Por sorte esse projeto de Hitler veio sem o apelo carismático. Não será por ele que a lenta fermentação bolorenta da pseudociência de quinta encontrará um ápice catastrófico.

Quanto ao outro anônimo, o das 14:36: cara moça (ou rapaz), já viu brasileiro ganhando prêmio Nobel? Não? Será por maldade dos gringos exploradores, só por não termos a bibliografia básica do mundo civilizado, em especial na área social? Que maldade, né? Tão mais tranqüilo seria reconhecerem o imenso valor das leituras recomendadas no Vermelho.org...

É claro, o mundo que progride está errado, e a gloriosa academia brasileira - domesticando covardes, feito esse anônimo, à sua imagem e semelhança - correta. Foi sempre assim. Glorioso passado e promissor futuro da burrice, logicamente amedrontada pela leitura.

Leonardo Faccioni disse...

Guilherme preferiu uma listagem breve, mas haveria outros tantos bons autores a recomendar. Jean-François Revel, Hannah Arendt, Eric Voegelin (sem sombra de dúvida o maior historiador no séc. XX), o embaixador José Oswaldo de Meira Penna, Ludwig Von Mises (indispensável para o pessoal da economia, ao lado do citado Hayek - este imperdível para todo e qualquer habitante do ocidente... bom, exceto o amasotti, que não o entenderia, mas, se precisar, desenho para ele), Miguel Reale (sim, a obra deste vai muito além do direito), Ortega y Gasset... se começarmos a descer para os clássicos fundadores, as mais básicas leituras, Tocqueville e Montesquieu são obrigatórios.

Dos grandes teóricos para as grandes reportagens, Anne Applebaum traz "Gulag", e o dissidente Soljenitsin, "Arquipélago Gulag" (boa pedida para quem quiser aprofundar os conceitos materializados em "O Caminho para a Servidão", de Hayek). São algumas das poucas que furaram o bloqueio editorial tupiniquim. Mas há outras tantas obras menores, como as traduzidas junto ao IEE:

http://www.iee.com.br/pensamento_liberal_biblioteca.aspx

Leonardo Faccioni disse...

Caros, aqui uma outra boa lista de obras introdutórias:

www.institutoliberal.org.br/classicos.asp

Unknown disse...

Ora, Ora.

Como é divertido ver os "intelectuais' de direita da UCS, deve ter o que? uns 2 pela minha última contagem.

Até por que a expressão "intelectual de direita" é uma contradição muito grande.

Ainda continuo me perguntando como esse plano diabólico da esquerda, já que a UCS foi dirigida por dezenas de anos por adeptos da direita conseguiu se concretizar?

Quando o argumento de vocês acabam só sobra a conspiração...

Unknown disse...

Amasotti, você poderia tomar vergonha na cara e acordar desse transe em que tu vives. Quer dizer, a não ser que tu estejas obtendo "vantagem" (para uma mente pequena) da esquerdopatia brasileira.

Anônimo disse...

Não há necessidade de ir até a biblioteca para responder a uma pergunta como essa. Se a ucs é pluralista?
Ora, vamos! Quem seria mais pluralista? DAs subjugados a um DCE que se vende a partidos políticos ou alunos que, ao escolher sua representação, enxergam apenas os números 1 e 2? Nós também somos a UCS. E eu me sinto envergonhada por fazer parte desse todo e, pior, por não ter força para mudá-lo. Nem que seja um pouco. Nem que seja pra pior. Mas que seja pra qualquer outra coisa diferente do que é. Devir!

Polly Matzinger

Anônimo disse...

Ok.
Vamos ler a data de edição desses livros... 1976, 77, 79, 80.
Editoras: Vozes, Paz e Terra, Civilização Brasileira, Brasiliense.

Parece que a ditadura foi bem liberal com a ampla edição de autores marxistas...