Na noite da última terça feira, dia 28 de outubro, os integrantes do DCE saíram pela UCS em um grande ato contra o aumento de mensalidades. O ato consistia em uma marcha até a reitoria para reivindicar, nas palavras deles, pasmem, um aumento de 0% nas mensalidades. Como se pode aumentar 0%? Se for assim o Blog Direita da UCS defende uma diminuição de 0% nas mensalidades para o próximo ano letivo.
É evidente a incapacidade do DCE de pensar em outras soluções para o problema. Em lugares mais civilizados o protesto, a manifestação cívica de massa e as passeatas são os últimos recursos, depois de esgotadas todas as formas de diálogo e quando evidenciada a inflexibilidade da outra parte em negociar. Mas quem disse que o mundo de pensamentos símios do DCE se encaixa nesse contexto? Não, o mais fácil é sair às ruas para gritar palavras de ordem e emendar o velho discurso ideológico em meio a um interesse meramente acadêmico.
A forma como o protesto foi organizado, e o modo como houve o recrutamento de manifestantes não poderia ser mais estúpido do que foi praticado. Não tenho idéia de como pode ter sido nos outros blocos, mas no bloco 58 os manifestantes pararam com um enorme carro de som ao lado do prédio e lá os manifestantes, aos berros, convocavam os alunos a deixarem as aulas e se agregarem ao movimento de “vigília” que seria feito em frente à reitoria. Ao mesmo tempo grupos de manifestantes passavam de sala em sala para convocarem pessoalmente os alunos a integrarem o pelotão do DCE. Nada disso foi feito com civilidade. Demonstrando nenhuma consideração com os professores que davam aulas ou os alunos que preferiam estudar a se unir a manifestação, os integrantes do movimento acabaram com as aulas na marra, invadindo as salas de aula com seus gritos de guerra, seus batuques e seus ziriquiduns.
O movimento em massa de saída dos blocos não era por que toda aquela gente iria se agregar ao movimento, mas por que não havia possibilidade alguma de continuar as aulas uma vez que os integrantes do movimento não pareciam dispostos a sair dali enquanto aulas estivessem sendo dadas. Evidentemente que um movimento que se diz democrático deve respeitar democraticamente aqueles que querem e os que não querem participar de um protesto. Daqueles que preferem ter aula a marcharem em “vigília” contra a reitoria. Todos foram convocados a “levantarem a bunda das classes”. Os que não foram, foram chamados de pelegos. Os 38 mil estudantes que não se uniram ao movimento de vigília são exatamente isso, na visão dos manifestantes, pelegos que não se importam em pagar mais.
Todos se importam em pagar mais, inclusive estes que postam aqui no Blog Direita da UCS. A verba que vem da CIA não é suficiente para pagar o custo de nossas cadeiras e com a crise de crédito dos EUA a possibilidade de haver cortes em nossos custos torna-se cada vez mais plausível. O que questionamos é a forma como esse movimento se dá. O que questionamos é o quanto há de interesse do estudante nesse movimento e o quanto há de interesse político. Por que o DCE não se verte a outras formas de abordagem em meio ao problema? Por que não uma negociação mais abrangente discutindo o orçamento da Universidade com a reitoria ao longo do ano ou quem sabe uma manifestação na mídia trazendo para si o apoio da opinião pública? Talvez seja por que o dividendo político de uma manifestação de palanque é maior.
Segue um video de um trecho do discurso dos manifestantes que pararam com o carro de som ao lado do bloco 58. O que menos se fala é de uma manifestação contra o aumento. O que mais se fala é sobre uma suposta “concepção de sociedade” deles. Nota-se o verdadeiro objetivo do protesto. Uma parte curiosa é quando citam os "amiguinhos do reitor", como se não tivessem sido eles os maiores cabos eleitorais no processo de escolha de Isidoro Zorzi.
É evidente a incapacidade do DCE de pensar em outras soluções para o problema. Em lugares mais civilizados o protesto, a manifestação cívica de massa e as passeatas são os últimos recursos, depois de esgotadas todas as formas de diálogo e quando evidenciada a inflexibilidade da outra parte em negociar. Mas quem disse que o mundo de pensamentos símios do DCE se encaixa nesse contexto? Não, o mais fácil é sair às ruas para gritar palavras de ordem e emendar o velho discurso ideológico em meio a um interesse meramente acadêmico.
A forma como o protesto foi organizado, e o modo como houve o recrutamento de manifestantes não poderia ser mais estúpido do que foi praticado. Não tenho idéia de como pode ter sido nos outros blocos, mas no bloco 58 os manifestantes pararam com um enorme carro de som ao lado do prédio e lá os manifestantes, aos berros, convocavam os alunos a deixarem as aulas e se agregarem ao movimento de “vigília” que seria feito em frente à reitoria. Ao mesmo tempo grupos de manifestantes passavam de sala em sala para convocarem pessoalmente os alunos a integrarem o pelotão do DCE. Nada disso foi feito com civilidade. Demonstrando nenhuma consideração com os professores que davam aulas ou os alunos que preferiam estudar a se unir a manifestação, os integrantes do movimento acabaram com as aulas na marra, invadindo as salas de aula com seus gritos de guerra, seus batuques e seus ziriquiduns.
O movimento em massa de saída dos blocos não era por que toda aquela gente iria se agregar ao movimento, mas por que não havia possibilidade alguma de continuar as aulas uma vez que os integrantes do movimento não pareciam dispostos a sair dali enquanto aulas estivessem sendo dadas. Evidentemente que um movimento que se diz democrático deve respeitar democraticamente aqueles que querem e os que não querem participar de um protesto. Daqueles que preferem ter aula a marcharem em “vigília” contra a reitoria. Todos foram convocados a “levantarem a bunda das classes”. Os que não foram, foram chamados de pelegos. Os 38 mil estudantes que não se uniram ao movimento de vigília são exatamente isso, na visão dos manifestantes, pelegos que não se importam em pagar mais.
Todos se importam em pagar mais, inclusive estes que postam aqui no Blog Direita da UCS. A verba que vem da CIA não é suficiente para pagar o custo de nossas cadeiras e com a crise de crédito dos EUA a possibilidade de haver cortes em nossos custos torna-se cada vez mais plausível. O que questionamos é a forma como esse movimento se dá. O que questionamos é o quanto há de interesse do estudante nesse movimento e o quanto há de interesse político. Por que o DCE não se verte a outras formas de abordagem em meio ao problema? Por que não uma negociação mais abrangente discutindo o orçamento da Universidade com a reitoria ao longo do ano ou quem sabe uma manifestação na mídia trazendo para si o apoio da opinião pública? Talvez seja por que o dividendo político de uma manifestação de palanque é maior.
Segue um video de um trecho do discurso dos manifestantes que pararam com o carro de som ao lado do bloco 58. O que menos se fala é de uma manifestação contra o aumento. O que mais se fala é sobre uma suposta “concepção de sociedade” deles. Nota-se o verdadeiro objetivo do protesto. Uma parte curiosa é quando citam os "amiguinhos do reitor", como se não tivessem sido eles os maiores cabos eleitorais no processo de escolha de Isidoro Zorzi.
2 comentários:
Esqueceu de considerar que movimentos sociais, que tanto foram comentados, ao menos no início da manifestação, quando tinham colaboradores da "cultura de rua" lá no centro cívico, não estão realmente querendo saber se pessoas com possibilidade de pagar uma faculdade têm aumentos ou não... Claro que várias pessoas se esforçam para manter isso, mas mantém... Quem está no seio do movimento social, normalmente não quer demandas universitárias, mas de seu segmento social...
=D
Legal era ver durante o próprio movimento alguns "manifestantes", conversando com o membro da reitoria presente na manifestação, em conversas no ouvido que segundo minha interpretação dos semblantes, me pareciam piadinhas. Espero estar engando, do contrário, após isso seria de bom tom esses "manifestantes" entregar uma semi esfera oca, com um barbante elástico, de cor vermelha, para cada uma das pessoas que se juntaram a "manifestação" em frente ao bloco A.
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