quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sobre Partidarismo na Chapa 1 e na Chapa 2

Todos sabemos das intimas relações tidas entre vários membros do DA e o PT. Foi uma tecla muito batida pela oposição, durante as eleições do DA de Direito. Tomados de ira, alguns da situação resolveram acusar membros da Chapa 2 de envolvimento com partidos políticos. Não sejamos inocentes. Política estudantil sempre teve ligação com política partidária, e nisso não há pecado original. Problemas residem é no resultado almejado por essas conjunções.

Inegável. Muitos membros que compõem a Chapa 2 estão filiados a partidos políticos. Alguns no PTB, alguns no PSDB, alguns no PDT, outros no PMDB e outros ainda no PP. Tem até um no PT. E existem aqueles sem filiação partidária alguma. Notaram a diversidade? Não há espaço para um partido, seja lá qual ele for, tentar impor sua ideologia. No fim das contas, a Chapa 2 não esta ligada a nenhum partido político em específico. Não deixa vez à barganha partidária. Usar o DA politicamente só é possível quando um partido detém boa parte dos integrantes (caso atual) e laça a entidade por seu modus operandi. Sim, existe um pessoal do PMDB neste DA. Sim, existem até mesmo os sem partido neste DA. Mas estão lá como inocentes úteis, ligados puramente por amizade à atual administração, que os caça em época pré-eleitoral, do que por uma suposta “isenção” de atitudes dos petistas-em-chefe. A influência ideológica existe sim no DA de direito. É preciso corta-la do talo e tornar o DA um centro de interesses do aluno do curso de direito. É preciso expurgar a galhofa militante do DA. Falo com convicção: A Chapa 1 tem um DNA ideológico. A Chapa 2 não. Não são casos iguais.

Há notícia, por um acaso, de qualquer grêmio que tenha usado de seu espaço físico para convidar a caravanas fechadas de partidos políticos, a não ser os do grupo do DA de Direito, mesma turma do DCE? E onde mais se encontraria um candidato a vereador a levantar as bandeiras de rancor de uma patota, senão no Bloco 58? Quanto ao médico Pepe Vargas, de onde provém sua tão sensacional notoriedade jurídica para ser assíduo convidado a palestrar? Em qual das cinco ou seis exibições do documentário de teor fascista "A revolução não será televisionada" houve sequer menção a seu desmentido, "X-ray of a lie"? A convite de quem estava o homem que ofendeu nominalmente partidos alheios à patota organizada, enquanto intimava alunos a unirem-se a ela? Quando a CUT, em evento eleitoreiro, impediu o acesso de boa monta de estudantes à Universidade, os ocupantes do DA falaram em favor dos acadêmicos ou dos correligionários? Ao reclamarem da mensalidade, revoltam-se com a revista financiada pela UCS para propaganda política em nome do DCE, em papel de alta definição?

Seja na "marcha das mulheres" (haja sexismo!) ou contra os "desertos verdes" (devem ser daltônicos, coitados), a marca das gestões politicamente orientadas está num peleguismo notório e sem par. Nos últimos tempos, as evidências têm abundado a tal fortuna que mesmo a tentativa da Chapa 01 em promover tábula rasa torna-se patética de pronto. Mesmo que conteúdos voltados à aniquilação das liberdades apeteçam a certos membros do DA, não será este Blog que pregará contra a liberdade de crença deles. Em 23 de março do corrente ano escreveu-se aqui, e vale a pena recordar:

"Fique claro: não vejo problema no envolvimento político da oligarquia petista, já que democraticamente eleita para a representação estudantil. Têm todo o direito de viajar e se engajar na questão que bem entenderem. Discordo, porém, do direito de coagir-nos a partir com eles. Que dirá se trouxerem esses eventos para dentro da Universidade, do espaço de aula – aulas bastante caras. O Diretório que atua no bloco 58, por vezes, assemelha-se mais a um outro, da rua Os Dezoito do Forte, o qual ostenta uma grande estrela vermelha e a enorme foto de um especialista em álcool e orgasmo feminino."
O DA deve voltar a conhecer a diferença entre público e privado. Sabemos ser tarefa árdua para a mente petralha, mas a necessidade se impõe. Contra o aparelhamento, somente cabe um DA independente e livre de qualquer cabresto na formulação de suas condutas.

Texto por Guilherme Macalossi e Leonardo Faccioni

4 comentários:

Gilles Gomes disse...

Caro guilherme...vc estava indo tão bem com a sua crítica...até o momento em que passou a utilizar-se dos mesmos pressupostos que tanto critica, que tanto condena...não esqueça, malacossi (ou teixeira, nunca sei) que vc faz parte do mesmo sistema que apedreja...ou será que estou enganado? coerência meu amigo...para não perder a credibilidade. Compreendo, no entanto, o fato de você ter criado um esterótipo petista. Quando leio suas palavras tenho a exata sensação de estar ouvindo um daqueles comentários do Arnaldo Jabour...ou, pior, do Rodrigo Mainardi...(é esse o nome dele, né?) Pois é Guilherme, frente a sua pouca habilidade com as palavras, conclui-se (sem nenhuma dificuldade) que: ou você começa a pensar (por si) ou passa a assinar outras revistas formadoras de opinião...quem sabe a capricho? Antes de finalizar, não poderia deixar de reconhecer uma virtude tua (são sete, tu sabias, né?): a coragem! Frase do dia: liberte o fascista que mora dentro de vc meu amigo...será tão melhor!!! Brincadeirinha...abraço meu amigo!

Unknown disse...

Guilheerme eu jurei para mim que não iria comentar os teus tópicos sobre a eleição mas não deu para aguentar.

Cara tu só pode estar de brincadeira. A chapa 2 tem ligações íntimas com o PTB, com o PDT (mais particularmente com o Vinícius e com o PSDB (o Michel que é assessor do Pauletti e que não estuda mais na UCS tá acompanhando direto).

Quem bancou a vinda desse povo da PUC que tá dando reforço na campanha de vocês? E olha que esse povo da PUC não faz uma eleição de verdade no DCE há mais de uma década.

Achei que tu fosse mais sério. Mas esse post jogou qualquer nível no chão.

Anônimo disse...

"Usar o DA politicamente só é possível quando um partido detém boa parte dos integrantes (caso atual)"

Que besteira!
Usar o DA vinculado a um partido politico é a coisa mais estúpida que se pode fazer. Isso é desunir ainda mais os estudantes.

Unknown disse...

Gilles Gomes, você é tão cheio de clichês. Aposto que ainda acredita em mais-valia.

Para o autor do post: Não pertenço à sua universidade, mas creio que fez uma crítica muito contundente e apoiada em fatos concretos.