Fui na manifestação do DCE contra o aumento de mensalidades. Havia um bom número de pessoas na praça do chafariz. De fato, só alguns estavam se manifestando, a grande maioria apenas estava assistindo. É muito mais fácil arregimentar pessoas quando a questão envolve o bolso delas. Engambela-las é ainda mais.
O DCE prometia “parar” a UCS. Mesmo assim, não passaram de bloco em bloco para parar as atividades. Aparentemente os DAs subordinados negociaram com as direções de centro para que houvesse a possibilidade de liberarem os alunos. Não sei como foram em outros cursos, mas no de direito a turma só era liberada se a maioria quisesse ir para o protesto. Eu imagino quantos avaliaram a oportunidade de ir para casa.
Existe uma proposta de reajuste de 6.3% das mensalidades. Aparentemente existe uma demanda de investimentos na ordem de 900 mil que seriam o fruto do tal aumento. Claro, pagar a mais sempre é um torpor. No entanto, qualquer reajuste dentro do índice de inflação é natural.
O que fica no ar é aquele gosto de uso político da situação para a promoção de alguns. A melhor solução que universitários tem para resolver um problema desta ordem é manifestação e palavras de ordem? Nada mais elaborado? Nada mais acadêmico? Não foram as lideranças desse movimento que venderam na universidade que Isidoro Zorzi seria um reitor muito mais próximo do estudante? Independente de minha divergência ideológica do trabalho do reitor, que considero um tanto esquerdista, sei que Isidoro Zorzi é um homem aberto ao dialogo. É, sem sombra de dúvida uma pessoa razoável.
Sobre a "ocupação" do bloco A, o próprio reitor falou a respeito, em meio a vais desrespeitosas. Foi ACERTADA a permanência dos manifestantes no bloco. A reitoria negociou a ocupação do bloco A. Ou seja, uma promoção da baderna e do escárnio feita pela própria reitoria da Universidade. Onde esta a legalidade? A reitoria se deixa levar pela politicagem? Atende o desejo mórbido dos alunos por publicidade? A reitoria não é o lugar para a prática dos dotes políticos e muito menos para servir de dormitório. Não sendo pública nem privada, a reitoria da UCS não é nem dos manifestantes que a ocuparam nem do próprio reitor. Ela é do estado de direito. Esse acordão na surdina muda a figura da história vendida. Ou seja, não ouve invasão da reitoria, e sim um empréstimo. Depois da invasão da reitoria da USP, que foi depredada e saqueada, criou-se uma onda de movimentos idênticos. Todos os DCEs tirando uma lasquinha de fama, por conta de sua rebeldia juvenil. Será que o empréstimo da reitoria foi motivado por esse desejo incontrolável de anunciar com pompa e orgulho: “Nós também invadimos a reitoria”?
Arrisco dizer que o reajuste pode ficar cair para algo em torno de 4 ou 5%. Pode haver o risco de a reitoria temer ações mais violentas. É uma possibilidade. Assim como também é grande a possibilidade de o reajuste ser mantido e de nada acontecer. É latente que foi feito uso político do fato. Qual credibilidade passa um movimento cuja única e perpétua estratégia é protestar e gritar? Não se sabe. Qual melhoria coletiva traz ao grupo de 40 mil estudantes da UCS, algumas pessoas passando a noite na reitoria? Não se sabe. O que ganham as lideranças do movimento? Mídia. Esta é a única coisa certa.
Até hoje não vi o movimento estudantil formular um plano de gestão sério para a universidade. Balizar os gastos em realidade e não em mera reivindicarão. É função do DCE? Alguns responderão que não. Então qual a função do DCE? Dormir na reitoria? Um plano de investimentos alternativo e negociado diretamente com o reitor passaria uma credibilidade infinitamente superior ao movimento. No entanto, tal desdobramento diferenciado acarretaria em nulidade de publicidade para o movimento. Evidente que para pretensões eleitorais tal fato não seria nada bom.
Na excelente conversa que tive ontem a noite com Giles, no bloco 58, chegamos a uma boa conclusão sobre o fato: Esta na hora de cortar a política do movimento estudantil. E jamais nos referindo a boa política que deve ser sempre praticada pelo bom cidadão, mas sim aquela política da politicagem mesquinha da propagação da hipocrisia.
O DCE prometia “parar” a UCS. Mesmo assim, não passaram de bloco em bloco para parar as atividades. Aparentemente os DAs subordinados negociaram com as direções de centro para que houvesse a possibilidade de liberarem os alunos. Não sei como foram em outros cursos, mas no de direito a turma só era liberada se a maioria quisesse ir para o protesto. Eu imagino quantos avaliaram a oportunidade de ir para casa.
Existe uma proposta de reajuste de 6.3% das mensalidades. Aparentemente existe uma demanda de investimentos na ordem de 900 mil que seriam o fruto do tal aumento. Claro, pagar a mais sempre é um torpor. No entanto, qualquer reajuste dentro do índice de inflação é natural.
O que fica no ar é aquele gosto de uso político da situação para a promoção de alguns. A melhor solução que universitários tem para resolver um problema desta ordem é manifestação e palavras de ordem? Nada mais elaborado? Nada mais acadêmico? Não foram as lideranças desse movimento que venderam na universidade que Isidoro Zorzi seria um reitor muito mais próximo do estudante? Independente de minha divergência ideológica do trabalho do reitor, que considero um tanto esquerdista, sei que Isidoro Zorzi é um homem aberto ao dialogo. É, sem sombra de dúvida uma pessoa razoável.
Sobre a "ocupação" do bloco A, o próprio reitor falou a respeito, em meio a vais desrespeitosas. Foi ACERTADA a permanência dos manifestantes no bloco. A reitoria negociou a ocupação do bloco A. Ou seja, uma promoção da baderna e do escárnio feita pela própria reitoria da Universidade. Onde esta a legalidade? A reitoria se deixa levar pela politicagem? Atende o desejo mórbido dos alunos por publicidade? A reitoria não é o lugar para a prática dos dotes políticos e muito menos para servir de dormitório. Não sendo pública nem privada, a reitoria da UCS não é nem dos manifestantes que a ocuparam nem do próprio reitor. Ela é do estado de direito. Esse acordão na surdina muda a figura da história vendida. Ou seja, não ouve invasão da reitoria, e sim um empréstimo. Depois da invasão da reitoria da USP, que foi depredada e saqueada, criou-se uma onda de movimentos idênticos. Todos os DCEs tirando uma lasquinha de fama, por conta de sua rebeldia juvenil. Será que o empréstimo da reitoria foi motivado por esse desejo incontrolável de anunciar com pompa e orgulho: “Nós também invadimos a reitoria”?
Arrisco dizer que o reajuste pode ficar cair para algo em torno de 4 ou 5%. Pode haver o risco de a reitoria temer ações mais violentas. É uma possibilidade. Assim como também é grande a possibilidade de o reajuste ser mantido e de nada acontecer. É latente que foi feito uso político do fato. Qual credibilidade passa um movimento cuja única e perpétua estratégia é protestar e gritar? Não se sabe. Qual melhoria coletiva traz ao grupo de 40 mil estudantes da UCS, algumas pessoas passando a noite na reitoria? Não se sabe. O que ganham as lideranças do movimento? Mídia. Esta é a única coisa certa.
Até hoje não vi o movimento estudantil formular um plano de gestão sério para a universidade. Balizar os gastos em realidade e não em mera reivindicarão. É função do DCE? Alguns responderão que não. Então qual a função do DCE? Dormir na reitoria? Um plano de investimentos alternativo e negociado diretamente com o reitor passaria uma credibilidade infinitamente superior ao movimento. No entanto, tal desdobramento diferenciado acarretaria em nulidade de publicidade para o movimento. Evidente que para pretensões eleitorais tal fato não seria nada bom.
Na excelente conversa que tive ontem a noite com Giles, no bloco 58, chegamos a uma boa conclusão sobre o fato: Esta na hora de cortar a política do movimento estudantil. E jamais nos referindo a boa política que deve ser sempre praticada pelo bom cidadão, mas sim aquela política da politicagem mesquinha da propagação da hipocrisia.
2 comentários:
Concordo com o teu texto. O movimento estudantil utiliza a universidade como palco para a promoção política de futuras 'lideranças' da esquerda. é o espaço que alguns fanáticos pelos gritões da esquerda morta brasileira encontram para testarem seu poder (fraquíssimo) de oratória. Frases repetidas a exaustão mas que não expressam nada além de politicagem. O acerto com a reitoria para o acampamento no bloco A mostrou a verdadeira cara do movimento estudantil na ucs: uma farsa. Já não são muito fãs de estudo, e agora tentam trazer as férias pra mais perto. "Traga seu colchonete, barraca, VIOLÃO e sua irreverência" é o que eles pedem. Eis o luau petista.
Só um anonimo teria coragem de falar essas coisas.
Foi o maior ato que essa universidade já viu. A UCS conseguiu negociar que ficassem SÓ 40 pessoas, por que poderiam ter sido as mais de 1000 que estavam presentes na manifestação.
Agora vemos outra contradição. Quando se passa em sala chamando o pessoal para sair o Guilherme reclama. Quando não se passa reclama igual, ou seja, só reclama.
O microfone estava aberto qualquer um poderia ir lá e falar. O reitor, por exemplo, foi. Na verdade acho que ele é mais corajoso que vocês já que não teve medo da multidão.
Isso sem falar das conquistas, mas não vou comentar isso aqui. Entrem no site do DCE e leia por conta propria.
Postar um comentário