sexta-feira, 1 de junho de 2007

Uma Resposta a Uma Verborrágica Resposta

Alguém lembra de Paulo Amaro Ferreira? Comentei sobre um artigo dele, escrito para o jornal do D.A de história, em um podcast, semanas atrás. (Para ouvir, clique aqui: Parte 1, Parte 2)

Paulo Amaro Ferreira é coordenador de seu D.A. Sentindo-se ofendido com meus “ataques pessoais”, Paulo Amaro pediu a uma amiga que colocasse, em um tópico, na comunidade do curso de História da UCS, uma resposta sua as minhas colocações. Para Ler o tópico clique aqui. Para Ler na íntegra, o que disse Paulo Amaro, clique aqui.

Ainda me pergunto se vale a pena publicar o que ele escreveu. Seu texto vem, evidentemente, tal qual o outro, em um saco de marolas falando coisas que não houveram e inventado outras. Em determinada altura ele se refere a um integrante do curso de história. Publico aqui a parte em que ele se refere a este escriba. A réplica completa de Paulo Amaro pode ser lida no link postado no início desse texto.

Segue o texto de Paulo Amaro em negrito, com ausência de vírgulas e os erros de concordância incluídos, intercalados por comentários meus.

Minhas saudações a todos e a todas. Nunca achei estes meios, como o orkut por exemplo, importantes e continuo os achando um tanto quanto irrelevantes, pela própria abrangência deles. A parcela da população que tem acesso a Internet é relativamente baixa, e se não me engano, não chega a 15 % da população. Se mesmo entre os estudantes de história, como apontou a colega Fran, não chega a 5 % dos estudantes que acessam esta comunidade, então talvez nem fosse necessário estar escrevendo este pequeno texto. Contudo, como não se tratam de críticas apenas pessoais contra este que voz escreve, mas também ao DA de História, como coordenador desta entidade, me sinto na obrigação de defender a mesma.

Paulo Amaro despreza a internet tanto quanto o bom senso. E então, ele se ampara em certa “excludência social” que parte da população tem da internet para exercitar sua verborragia política. Mas Paulo Amaro parece desconhecer que é muito recente o mercado digital no Brasil. E parece desconhecer que antes de apresentar um site a uma criança deve-se apresentar um livro. Para uma pessoa que parece gostar do termo “inclusão social”, ignorar uma ferramenta tão potente quanto à internet é contraditório, mesmo que a tal internet tenha sido criada pelo “imperialismo americano”.

Paulo Amaro então cria um suposto ataque pessoal para justiçar seu texto. Em meu podcast nunca ofendi ou criei suposições quanto à pessoa de Paulo Amaro. Paulo Amaro, no entanto, como verão mais a diante, não se furtará a fazer uso do ato que me acusa de ter feito. Desafio esse senhor a me mostrar onde o ofendi pessoalmente.

Quanto ao D.A de Historia, pouco ou absolutamente nada conheço dessa “entidade”. Pouco ou nada conheço dos feitos. Pouco ou nada me interessa. Posso somente afirmar que seu uso político esta para desvirtuar seu objetivo, tornando este D.A em uma “seita de companheiros”.

Antes de adentrar ponto a ponto nas críticas que tomei conhecimento ontem, queria dizer que acho as críticas de cunho pessoal extremamente infrutíferas. Penso que os debates deveriam se dar no campo político-filosófico. E quando faço essa colocação introdutória, me utilizo também das idéias de um filósofo alemão, que não é Marx, mas sim Nietzsche, que porém duvido muito que aqueles a quem vou me dirigir neste “artigo” devam ter lido algo sobre este filósofo ou do próprio. Mas não vou me deter neste ponto e passarei ao que importa neste momento.

Continuo com o desafio: Quais críticas pessoais?
Ai esta a essência dos esquerdistas. Transformam-se em vítimas de casos que não existem. No entanto, uma vez declarando-se injustiçados, eles não alegam motivos para tanto. Ai usam novamente sua lábia redundante. Nesse caso, Paulo Amaro, apela para Nietzsche. Paulo Amaro, no entanto, após o citar, após afirmar que não conheço sua obra, simplesmente não informa qual é a idéia de Nietzsche que ele segue. Fica lá, o filósofo alemão, perdido no meio do texto sem ter um valor prático para o que é escrito. Acho que Paulo Amaro quis mostrar que sabe escrever o nome de alguns autores, mas não sabe adequar àquilo que eles pensam aos textos que ele escreve.

Alias, além de deixar autores perdidos em meio aos seus textos, Paulo Amaro, também deixa seus leitores. Ele perde-se em redundâncias. Olhe o caso a seguir: "que porém duvido muito que aqueles a quem vou me dirigir neste “artigo” devam ter lido algo sobre este filósofo ou do próprio."

Duas perguntas e uma observação

Falta vírgula antes e depois de “porém”.

Quem é o filósofo? É o próprio?

Não me surpreende que um estudante de direito faça críticas ao nosso curso e mais especificamente ao nosso DA. O Guilherme (se não me engano é este o nome deste rapaz) no mínimo deve ter lá sua vida bem acomodada, com seus bens e sua conta bancária também bem seguros e por isso não deve fazer parte das lamentáveis estatísticas sobre a pobreza mundial. Tendo ele demonstrado em seu “blog” um total desconhecimento sobre a história, seria esperar demais que tivesse publicado algo que se possa levar a sério.

Qual o problema de um estudante de direito fazer críticas a qualquer que seja o D.A? Os senhores estão em um pedestal divino? Intelectualmente eu acredito que os senhores acreditam que estejam, já que é muito raro alguém aparecer para contestá-los. Um estudante de medicina então poderia fazer essas críticas? E um estudante de moda e estilo? O senhor gostaria de proibir a prática da crítica não é? Sei que segue a cartilha bolivariana de democracia.

Paulo Amaro finge não saber exatamente quem sou, apesar de ter ouvido o podcast e ter lido o blog. Quer aparentar que não sabendo exatamente quem sou isso me tira suposta “importância” e lhe dá certa “aura superior”. Mas o fato de “não saber exatamente quem sou” lhe põe em contradição fatal com aquilo que falou logo em seguida.

Paulo Amaro, então pratica aquilo que me acusou de fazer, sem mostrar o que. Ele cria suposições sobre se vivo bem ou se vivo mal. Cria suposições sobre os valores de minha conta bancária. Enfim, usa de seu texto justiceiro para tentar criar valor moral irrisório de minha opinião. Isso não sabendo nem mesmo como é “exatamente o nome desse rapaz”.

Não é da conta de Paulo Amaro se vivo bem ou vivo mal. Posso afirmar que tenho o suficiente para satisfazer aquilo que considero como “vida agradável”. Mas Paulo Amaro parece carregado de um preconceito por aqueles que de fato tem suas contas bancarias “bem seguras”. Na mente de Paulo Amaro essas pessoas não tem o que opinar e não podem participar das discussões “político-filosóficas”. Para Paulo Amaro essas pessoas são responsáveis pelos males do mundo. Para ele só existem pobres por causa da existência de ricos. Aquele velho papo da exploração da mão de obra operária. E por isso ele vê na minha pessoa uma conjuntura de “defeitos” que, supostamente, me impedem de desmontar seus argumentos cretinos.

O que mais me admira, é que estudantes de história, que eu pensava terem lido no mínimo os textos de aula, mas já nem tenho tanta certeza assim, apoiarem as posições ultra-direitistas deste senhor estudante de direito.

Paulo Amaro de fato não tolera argumento discordante. Ele adoraria fazer com que todos em seu bloco pensassem rigorosamente iguais a ele. Observe que ele cita os “textos de aula” como ferramentas para convencer os estudantes de suas teses esquerdopatas. Então vejam só a que ponto chegamos. O que esse Paulo Amaro da a entender é muito grave. Os materiais de estudo do curso de história servem para doutrinação ideológica? É isso que o senhor fala? Então o curso se transformou em um quartel general para formação, não de historiadores, mas sim de esquerdistas?

Ainda não sei se irei responder aos comentários deste estudante de direito, mas não poderia admitir tal absurdo em uma comunidade de estudantes de história. Acho ainda que, embora muitos possam divergir de muitas posições políticas minhas e também do DA, não podemos deixar de repudiar veementemente esses comentários fascistas e também de se posicionar contra as idéias dos estudantes do nosso curso que fomentam este pensamento dentro do bloco H. Digo isto principalmente para o pessoal do PSol (fala aí Fran) e os estudantes que os apóiam. Uma coisa é divergirmos no que tange à políticas de esquerda, mas quando se trata de rechaçar a ultra-direita, deveremos lutar juntos. Pelo menos é isto que penso e depois gostaria de conversar com o pessoal para ver o que eles acham.

Não acredito que Paulo Amaro tenha a intenção de responder. Não gostam de ser desafiados. São bons palanqueiros. A retórica funciona melhor quando no monólogo.

Observe que Paulo Amaro se acha no direito de “não admitir tal absurdo”. Como se “absurdo” fosse contestar seu raciocínio desmiolado. Ai me atribui “comentários fascistas”, na sua torpe lógica de inventar fatos. Mas não entendo o uso da palavra “fascista” para definir meu comentário. Uma vez me adjetivando como tal, Paulo Amaro conclama sua militância para, unida, combater os supostos fomentadores de qualquer outra ideologia que exista dentro do seu curso. Que faz uso do discurso fascista? Paulo Amaro tem o discurso de um mini-ditador indignado. Desses de república bananista. A “democracia” de Paulo Amaro se resume ao debate de idéias dentro da esquerda. Jamais fora.

Como todo bom pseudo-mini-ditador Paulo Amaro tem uma verborragia elástica e um discurso áspero. Como todo bom pseudo-mini-ditador ele usa essa verborragia elástica e esse discurso áspero para esconder o que todo bom pseudo-mini-ditador é: um garoto covarde.

Um comentário:

Unknown disse...

bah tchê... quer fazer oposição, faça isso é legítimo e é isso que faz a política... mas, pelo menos, tenta escrever um pouquinho bem e não ser tão desqualificado nesse teu discurso...